Diógenes de Sinope, filósofo da Grécia Antiga, foi um mendigo que tinha por moradia um barril, o qual representava o quão pouco os homens precisariam para viver. Era visto perambulando pelas ruas de Atenas carregando uma lamparina, em plena luz do dia, alegando estar à procura de alguém que ainda fosse honesto.
Levou radicalmente a sério os preceitos da corrente filosófica cínica, cujo fundador foi Antístenes, o seu mestre. Entendia que o propósito da vida era praticar a virtude, combatendo o prazer e mostrando indiferença à opinião pública. A autossuficiência do miserável Diogénes fez com que ele passasse a ser chamado de cão.
Acreditava que a felicidade só poderia ser alcançada se as pessoas conhecessem a sua natureza e as exigências da mesma, passando a ter autodomínio. Viver em busca de exterioridades estabelecidas pelas convenções sociais, para as quais a posse se configurava como o objetivo supremo, seria a destruição do ser humano.
Conta a história que certa vez o poderoso Alexandre, o Grande, ao encontrá-lo tomando sol em condições precárias, perguntou o que poderia fazer por ele. Diógenes, contrariado com o fato de o homem estar tapando-lhe a luz, respondeu: "Não me tires o que não me podes dar!". Alexandre ficou impressionado com a resposta e saiu.
|
"Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes." (Alexandre, o Grande) |