Havia um maestro que comandava uma orquestra desorientada, mas ele não era exatamente a pessoa mais indicada para ocupar o posto. Os encontros eram marcados por bastante tumulto e ouviam-se sons estridentes em vez de melodias. Até quem era leigo no assunto percebeu que a situação virara uma balbúrdia quase que irremediável.
Só que o maestro não se dava bem com a vocalista mais importante da região e queria, a todo custo, destroná-la. A sua proposta odiosa começou tímida e foi ganhando força, até conseguir agregar como aliado um suposto amigo da tal vocalista. Eram dois carrascos reunidos que não mediam esforços para acabar com o império dela.
O ódio une mais que o amor e a investida do maestro com o suposto amigo conquistou adeptos. A maioria estava do lado deles, ainda que não apresentasse motivos claros para a tomada deste partido. O resultado foi o esperado: venceram o embate inicial travado contra a vocalista. Foi uma guerra campal com o disfarce de musicalidade.
O maestro é responsável pelo êxito da orquestra. |
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