Meus pesadelos cochilam
Tomo um cafezinho preto
Imagens me sensibilizam
Ando só no ônibus lotado
Canto no silêncio tão alto
Inúmeras caras e roupas
À espera do próximo ato
Chego ao edifício, entro
Estou preso no elevador
Mais uma porta fechada
Ou a chance de ser ator
Cada um tem sua rotina
Ganhos, perdas normais
Seria o paraíso a Terra?
Céu eu creio que jamais
Ando, corro, paro e volto
Entretenimento vale tudo
Esqueço, então, de mim
Contemplando o absurdo
Até que ponto se é feliz?
Há quem vibre na sexta
Sorrio e choro neste dia
Sou homem, logo besta.
A maioria das pessoas leva uma vida deveras normal. |
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