Jim Jones, natural do estado norte-americano de Indiana, foi o fundador e líder do movimento religioso Templo do Povo, inaugurado em 1955, que combinava elementos do cristianismo com ideais políticos socialistas. Jones arrendou um terreno em meio à selva da Guiana duas décadas depois e se mudou para lá com centenas de seguidores.
Jonestown, nome de batismo da comunidade, possuía um espaço para que os habitantes plantassem verduras e legumes, bem como uma escola para as crianças. Praticamente não havia contato com o mundo exterior. Dissidentes relataram que o líder promovia um regime ditatorial, marcado por punições severas e a presença de guardas armados.
Alegando que serviços de segurança americanos conspiravam contra o Templo, Jones orquestrou um suicídio coletivo de caráter supostamente revolucionário. No dia 18 de novembro de 1978, em Jonestown, mais de 900 pessoas morreram após a ingestão de veneno misturado a um ponche de frutas. O comandante também ceifou a própria vida.
Trago à tona o trágico ocorrido para levantar algumas questões pontuais: qual o limite do poder de um líder religioso? Até que ponto vale a pena batalhar pela defesa de convicções políticas? Se matar em nome de uma causa é uma atitude nobre ou um irremediável equívoco? Fiquemos ressabiados com as figuras messiânicas do nosso país.
Jonestown após o suicídio coletivo de novembro de 1978. |
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