segunda-feira, 27 de julho de 2015

De pés descalços

Eu, que andava sobre pétalas de rosa,
Agora piso sobre cacos de vidro.

Irá doer, mas faz parte da travessia.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Real imaterial

O sonho, inconsciente
Manifesta uns desejos
Descansando a gente
De momentos tensos

O sonho, se espiritual
Difere a alma do corpo
Ocorre elevação astral
E encontramos escopo

Embora haja ceticismo
Dormida só por dormir
É mister fazer batismo
Com novas ideias porvir

Toda a criação é bela
Mesmo um temporal
Observado pela janela
Vira uma peça teatral

O homem é minúsculo
Pensando no Universo
E cada novo crepúsculo
Se olha mais disperso

Estuda-se para entender
O que não se explica
Tem sempre um a crer
Que eternidade suplica

O real imaterial dança
Ora em via imaginária
Antes da vinda bonança
A libertação necessária.

O sonho, se espiritual
Difere a alma do corpo

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Medo da morte

Você é um babaca que sai de casa
Achando que irá causar confusão
Talvez algum incidente lá na praça

Você fala que é fogo, mas é brasa
Tentando se destacar na multidão
Foge quando ocorre uma desgraça

Medo da morte, medo da morte
O seu fim está muito próximo
Medo da morte, medo da morte
Todos os outros achariam ótimo

De quantos você já correu até hoje
Depois de tentar expor a sua visão?
Humildade serve como um lema
A alguém que tenha consideração

Mas o seu nada merece repúdio
Ninguém gosta de se aproximar
Medo do depois, medo do depois
Não existirá par a lhe consolar.

Medo da morte, medo da morte
O seu fim está muito próximo

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Big Bang da informação

A popularização da internet possibilitou a disseminação de informações e, consequentemente, o livre exercício de opiniões sobre temas diversos. O que em décadas passadas se restringia a rodas específicas de debate agora espalha-se pela rede em questão de instantes, acumulando visões convergentes e divergentes em um mesmo meio que constantemente se atualiza.

Quando uma pessoa importante, ou nem tanto, manifesta uma opinião polêmica, ela deve estar preparada para a enxurrada de comentários que virá a receber, sendo muitas vezes eles depreciativos, pois cada indivíduo é único e ninguém é obrigado a concordar com o que o outro disse. No meio virtual, tanto o jornalista famoso quanto o blogueiro anônimo são passíveis a julgamentos.

Em instantes, um comentário pessoal pode virar global.

É bem verdade que a proporção que um comentário controverso advindo de um nome célebre da mídia adquire uma proporção singular nos meios de comunicação, sobretudo na internet, tornando-se um viral. Entra em cena, logo, o oito ou oitenta: enquanto um lado irá desejar a cabeça do comentarista, o outro buscará encontrar formas de defender o que ele afirmou.

Chegaremos, ao final de tudo, a um consenso? Não. Até mesmo o falecimento de um artista é um prato cheio para os entreveros que se iniciam na rede e ganham destaque nos debates cotidianos. Ao passo que alguns choram desesperadamente, outros questionam a real importância cultural daquele indivíduo. Com o Big Bang da informação, todos podem analisar e ser analisados.