segunda-feira, 25 de maio de 2015

Desmitificaram a paixão nacional

Foi-se o tempo em que ir ao estádio de futebol era um evento popular. Os ingressos assumem valores cada vez mais absurdos, o concreto das arquibancadas vem sendo substituído pelos assentos das arenas e, naturalmente, o cidadão comum distancia-se da casa de seu time do coração.

Os sinalizadores não iluminam mais as festas dos torcedores, que, diante de privações e da crescente violência, optam muitas vezes por assistir aos jogos do sofá de casa. A Copa do Mundo no Brasil ajudou a acentuar as diferenças sociais existentes em nossa pátria, fazendo do tradicional esporte um espetáculo para poucos.

O ex-país do futebol agora apanha de goleada. Pelé, Garrincha, Romário e Ronaldo nada mais são do que mitos eternizados em uma época que já passou, quando a "amarelinha" era verdadeiramente respeitada e o povo podia assistir a tudo. Esqueceram-se do torcedor humilde, do clima de alegria no estádio e, pasmem, do futebol também.

Gol de quem?

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Comentam por aí

Eles falam que eu sou louco, mas não estavam lá
Que sou fechado, mas não ouviram o que lhe disse
Que sou incapaz de amar, mas não lhe conheceram
Que homem não deve chorar, e já viram um triste?


"Eu presto atenção no que eles dizem
Mas eles não dizem nada"

(Engenheiros do Hawaii)

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Ela pode errar

Mesmo eu que prezo graforreicamente por escrever, e escrever corretamente, perdoo os eventuais erros ortográficos que ela venha a cometer. Vá lá, vá lá! Acabo por compará-la, involuntariamente, com uma outra que distribuía as palavras com exatidão, porém mostrava ser precisa em tudo o que fazia, não abrindo espaço às dúvidas. Eu apego-me facilmente aos porquês, então a primeira entra no jogo!

Distante de qualquer definição de relacionamento, nem ficante e muito menos namorada, ela é constante em sua inconstância e sempre dá um jeito de, sem hora combinada, voltar. Estou começando a confiar na possibilidade de este ser um evento que independe da vontade de um ou de outro para acontecer, simplesmente estando marcado para ser e continuar sendo.

Enquanto uns definiram o que irão fazer pela maior parte restante de suas vidas, outros consideram-se bem-sucedidos profissionalmente e alguns mantêm um compromisso há anos, impacta a existência de uma pessoa que não cumpra com a maior parte das obviedades rotineiras e esbanje presença ao seu próprio estilo. 

As convenções sociais e as inacabáveis enciclopédias não ensinam-nos tudo o que precisamos obter de conhecimento. Conviver, ainda que eventualmente, com um ar de imprevisibilidade advindo de alguém especial, faz com que nos sintamos pequenos diante de uma figura que irradia a sua capacidade de reinventar-se. Quem sabe, sabe. 

Mais rápido que o novo acordo ortográfico
Entrou na minha cabeça em um lance mágico
Ao contrário daquele que demorou a vigorar
Ela deixou a sua silhueta sempre a triunfar.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Pense novamente

Atenção! Não devemos confundir:

Vulgaridade com sensualidade;
Audiência com qualidade;
Diploma com sabedoria;
Tumulto com protesto;
Repressão com poder;
Dupla com casal.

Muitos tentarão implantar a ideia de correlação entre os termos citados acima, e tantos outros, criando um padrão falho. São parecidos, mas não iguais.

Ao estar certo de algo, pense novamente. As indagações agitam a mente e não achar uma única resposta para uma dúvida cruel é sinal de que o assunto merece destaque.

Se quem não toma partido facilmente está em cima do muro, como estamos acostumados a escutar, quem o faz desordenadamente tem grande propensão a cair do muro.

Mesmo a segurança excessiva pode ser perigosa, pois o costume pela zona de conforto age negativamente ao cegar os olhos de quem enxergaria além. Fiquemos ligados!

"Quem pensa por si mesmo é livre
E ser livre é coisa muito séria"

(Legião Urbana)