segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Conflito entre épocas

Procurei na internet e não encontrei
Dáblio, dáblio, dáblio me cansou
Tô louco dessa vida de internetês
Estudei gramática e agora esqueci

Distrações do passado já superei
Percebi quando todo mundo parou
Tentei compartilhar o meu português
Com elementos que partiram daqui

Mágoas e lágrimas se entrelaçam
Com um torpor oriundo do revés
Nuvens de chuva aparecendo no ar
Garotas e garotos sem ter reação

Veículos correndo que ameaçam
No plural, veremos filmes de Pelés?
Quem mora na praia, vive no mar
Outros, com a mídia, na manipulação

Quase proponho uma solução à crise
Lembro que falta água, luz, otimismo
Recolho-me ao meu devido espaço
Volto a fazer frases sem um sentido

Ouço de bebês atirando-se da marquise
Estudei História e o tal do feudalismo
Disperso-me em completo embaraço
Percebo que estou no presente partido.

Tô louco dessa vida de internetês

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Filho do mundo

Sou filho do mundo e afirmo isto
Pois moro em uma cidade média
De pensamentos pequenos e não
Pertenço ao vão espaço de terra

Sou filho da Terra, mente aberta
Faço da pesquisa minha devoção
Tenho conterrâneos que se acham
E o que só busco é a informação.

Restringir-se a um determinado lugar é diminuir-se.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Desastre ocasional

Retorno ao mesmo local que eu costumava frequentar antigamente, outrora louvando aquele momento, e não consigo situar nem mesmo um esboço do que já fui. Simplesmente, não tem chance de me encontrar naquele lugar. Me pergunto: eu mudei ou será que foi o próprio caminho que foi alterado? São marcas do tempo, calejadas e duradouras.

Sabes como funciona aquele negócio de passar a semana esperando que chegue logo a sexta-feira, o fim de semana e, enfim, toda a coisa legal? Pois é, eu também sei. Só desacostumei a conhecer a experiência renovadora que anteriormente ocorria em fenômenos propícios da saída, da debandada, da anarquia própria da ocasião.

Em momento algum, quero me imaginar um sujeito conservador e que fica encontrando defeito em qualquer tentativa de diferença que possa aparecer. Galera, eu aprecio o incomum! Só que é justamente isso que não encontro mais. Quando eu percebo que todo o pessoal está entediado, é ali que não resta dúvida de que tem um negócio muito errado rolando.

Fica logicamente a esperança de que a fase irá melhorar, que iremos evoluir. Estamos desesperadamente saindo de casa para revivermos uma faísca da sintonia que sentíamos. A realidade? Ela é dura, é sim. Tá no noticiário, tá na tevê. Só que, por favor, o nosso algo a mais não era para virar um algo qualquer, comum. Que seja passageiro.

A máscara tapa o rosto, mas não a visão.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Sobre sair à noite

Gosto da saída noturna porque...

...encontros são possibilitados, fortalecendo e criando amizades...
...enquanto o dia é do ofício, a noite é do lazer...
...grandes festas e shows estão por acontecer...
...as pessoas normalmente são mais sinceras...
...ela remete a momentos e sensações marcantes...
...os drinques são melhor saboreados...
...a reflexão ganha asas e ilumina mentes...
...é gratificante encontrar a luz em meio às trevas...
...enquanto muitos dormem, a cidade vive...

Minha saudação aos notívagos de plantão!

"Sempre saio à noite
A noite sempre deixa a sensação"

(Detonautas)