segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Fato novo

Cada verso é um fato novo:
Quebra a rotina e encanta;
Às vezes, os males suplanta
E confere confiança ao povo.
Este, devidamente ajuizado,
Se alegra por ser alfabetizado.


Caneta, papel em branco e um mundo de surpresas.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Bandeira vermelha

A bandeira vermelha desbotou
Representando ela a vergonha
De um grupo que saiu do poder
E perdeu a força de barganha

O sapo barbudo está velhinho
Fugindo de variadas acusações
Seria, mesmo assim, inocente?
Antes crer em fadas e dragões

A famosa estrela já não brilha
O céu é nebuloso para alguns
Como ao filho mais importante
Da Microrregião de Garanhuns

Nosso país está a se endireitar
Em uma tentativa de melhora
Rejeitando o pessoal canhoto
Para voltar a enxergar aurora

Mas tudo passa, tudo passará
Não é, meu caro Nelson Ned?
Aguardemos os dias futuros
De sonhar, nada nos impede.


O sapo barbudo está velhinho
Fugindo de variadas acusações

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Revista Avessa nº 12

A Avessa é uma revista de jornalismo literário editada no Rio de Janeiro/RJ e publicada em plataforma digital que tem como maior objetivo divulgar material de novos escritores. Dedica-se também a realizar entrevistas com autores renomados para recolher opiniões sobre o mercado editorial e a produzir resenhas críticas sobre obras literárias.

Para a minha honra, a poesia de minha autoria "Desconectado", que trata da sensação de inexistência de alguém que está ausente do mundo virtual, foi inclusa na edição de número 12 da revista, correspondente aos meses de novembro e dezembro de 2016. Contraditoriamente, a participação na Avessa só foi possível graças à conexão.

Clique para ler a Revista Avessa nº 12

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Deu zebra

A expressão "deu zebra" surgiu com o popular jogo do bicho para representar um acontecimento imprevisto à medida que o jogo contava com 25 exemplares de animais e, entre eles, não estava a zebra. Foi rapidamente incorporada à esfera esportiva e, consequentemente, passou a ser largamente repetida pelo público.

Por mais negativa que a expressão possa soar, às vezes é bem interessante que dê uma zebra. No futebol, não é raro que a equipe mais fraca seja apoiada pela maioria dos espectadores neutros, ou seja, que não torcem para nenhum dos dois times envolvidos. O triunfo de um time meia boca sobre um adversário milionário é um grande êxtase.

O que produz tal êxtase é o fascínio que boa parte de nós tem pela imprevisibilidade. Não tenho dúvida de que, por exemplo, a Copa do Brasil de 2004 chamou muito mais atenção por ter o pequeno Santo André-SP vencendo o Flamengo na final do que chamaria se ocorresse o óbvio, uma vitória flamenguista. Deu zebra, foi isso.

Pode ser que estejamos nos equivocando quando qualquer coisa ocorre fora do planejado no nosso cotidiano e perdemos a cabeça. As nossas relações não precisam ser pautadas por uma estática previsibilidade em um roteiro com papéis predefinidos. Que as inevitáveis zebras iluminem o nosso pensamento e nos façam rever velhos conceitos.

A simpática zebrinha da Loteria Esportiva.