segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Campo de batalha

Nova votação na Câmara dos Deputados
O povo assiste a tudo em regime fechado
Reviravolta entre reprovação e aprovação
Da noite pro dia, o que era sim vira não

Nenhuma bandeira nos representa de fato
De todas essas siglas nós estamos fartos
Valemos bem mais do que alguns reais
Há propaganda política em todos canais

Não se renda a toda essa hipocrisia
Pense por si mesmo, não desista
Não se venda por qualquer fantasia
Seja você mesmo, seja realista

Que país sobrará às próximas gerações?
À medida que são tantas as corrupções
Parece que virou normal ser desonesto
Na hora de decidir, escolha o lado certo.


De todas essas siglas nós estamos fartos

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Verdadeiro ou falso

Desconfie de quem só lhe procura na festa, no auge, no momento sublime. Não aposte todas as tuas fichas em quem esteve contigo na bonança e apenas nela. Andando de limousine, todo mundo é amigo de todo mundo, formam-se pares e criam-se histórias ali mesmo, na calada de uma noite que só tem a celebrar um suposto enriquecimento pessoal de cada membro envolvido.

Abra os teus olhos para quem está contigo na pior, na inconveniência, no desgraçar das esperanças. Aquela companhia que sabia que não obteria muito de ti, confirmou que não teve nada, mas mesmo assim permaneceu ali... essa parceria provavelmente estará contigo sempre. Quem conhece o teu lado ruim e o aceita tem tudo para compartilhar contigo desenlaces maravilhosos.

Joguemos fora as expectativas irrealizáveis de felicidade eterna e de vida perfeita: não existem! Quanto mais gente estiver conosco na pior, melhor. Normalmente, são pouquíssimos os que ficam e, sendo sincero, pode acontecer que ninguém permaneça em momentos assim. Se um desventurado qualquer ficar, olhe para ele e diga: "cara, obrigado por estar aqui". Um agradecimento verdadeiro faz falta!

Tu tá mal? (In)felizmente, eu tô contigo!

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Especial - Dia das Crianças

Eu queria ainda ser criança

Quando eu era criança
Sabia que poderia mudar
O humor, o dia, o mundo
Sem medo de me expressar

Assistia desenho pós-aula
Jogava bola todas as tardes
Mal sabia o que era tecnologia
Precisava saber? Não queria!

A felicidade era constante
Amigos eram, de fato, amigos
Gostava até de ir à escola
Bons tempos aqueles antigos

Havia festas de aniversário
Com pessoas alegres em casa
Abrir presentes era mágico
Para voar, só faltavam asas

Conhecia a violência pela TV
Podia caminhar em paz na rua
Vislumbrava um futuro farto
A realidade é nua e crua

Eu queria ainda ser criança
Mas criança não posso mais ser
Um sonhador, por ora, posso
Que aquilo que fui ainda serei.


Parabéns às crianças novas e velhas!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

De domingo à noite

Por vezes, nós ficamos desesperançosos
Se o clima está pesado e nos contamina
Quando a maldade sobrepõe fatos bons
Estarmos intranquilos se torna a rotina

Os planos para o futuro amenizam a dor
De uma realidade que veio para devastar
Somos, agora, participantes de um jogo
Sem vencedores ou hora para terminar

Olhar para trás é uma escolha arriscada
Quando se percebem os mesmos erros
Outras decepções, quedas imprevisíveis
Tristeza constante, felicidade de menos

Derramar umas lágrimas parece certo
Para quem ainda consegue sentir algo
Habituado com indiferença e desilusão
Consciente de que sofreu o seu estrago

Não queria estar arruinado no domingo
Mas constatei que acabou mais um dia
Tudo se passou e o ano quase terminou
Como se fosse uma música sem melodia.


Somos, agora, participantes de um jogo
Sem vencedores ou hora para terminar