segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Desastre ocasional

Retorno ao mesmo local que eu costumava frequentar antigamente, outrora louvando aquele momento, e não consigo situar nem mesmo um esboço do que já fui. Simplesmente, não tem chance de me encontrar naquele lugar. Me pergunto: eu mudei ou será que foi o próprio caminho que foi alterado? São marcas do tempo, calejadas e duradouras.

Sabes como funciona aquele negócio de passar a semana esperando que chegue logo a sexta-feira, o fim de semana e, enfim, toda a coisa legal? Pois é, eu também sei. Só desacostumei a conhecer a experiência renovadora que anteriormente ocorria em fenômenos propícios da saída, da debandada, da anarquia própria da ocasião.

Em momento algum, quero me imaginar um sujeito conservador e que fica encontrando defeito em qualquer tentativa de diferença que possa aparecer. Galera, eu aprecio o incomum! Só que é justamente isso que não encontro mais. Quando eu percebo que todo o pessoal está entediado, é ali que não resta dúvida de que tem um negócio muito errado rolando.

Fica logicamente a esperança de que a fase irá melhorar, que iremos evoluir. Estamos desesperadamente saindo de casa para revivermos uma faísca da sintonia que sentíamos. A realidade? Ela é dura, é sim. Tá no noticiário, tá na tevê. Só que, por favor, o nosso algo a mais não era para virar um algo qualquer, comum. Que seja passageiro.

A máscara tapa o rosto, mas não a visão.

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