segunda-feira, 11 de maio de 2015

Ela pode errar

Mesmo eu que prezo graforreicamente por escrever, e escrever corretamente, perdoo os eventuais erros ortográficos que ela venha a cometer. Vá lá, vá lá! Acabo por compará-la, involuntariamente, com uma outra que distribuía as palavras com exatidão, porém mostrava ser precisa em tudo o que fazia, não abrindo espaço às dúvidas. Eu apego-me facilmente aos porquês, então a primeira entra no jogo!

Distante de qualquer definição de relacionamento, nem ficante e muito menos namorada, ela é constante em sua inconstância e sempre dá um jeito de, sem hora combinada, voltar. Estou começando a confiar na possibilidade de este ser um evento que independe da vontade de um ou de outro para acontecer, simplesmente estando marcado para ser e continuar sendo.

Enquanto uns definiram o que irão fazer pela maior parte restante de suas vidas, outros consideram-se bem-sucedidos profissionalmente e alguns mantêm um compromisso há anos, impacta a existência de uma pessoa que não cumpra com a maior parte das obviedades rotineiras e esbanje presença ao seu próprio estilo. 

As convenções sociais e as inacabáveis enciclopédias não ensinam-nos tudo o que precisamos obter de conhecimento. Conviver, ainda que eventualmente, com um ar de imprevisibilidade advindo de alguém especial, faz com que nos sintamos pequenos diante de uma figura que irradia a sua capacidade de reinventar-se. Quem sabe, sabe. 

Mais rápido que o novo acordo ortográfico
Entrou na minha cabeça em um lance mágico
Ao contrário daquele que demorou a vigorar
Ela deixou a sua silhueta sempre a triunfar.

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