segunda-feira, 9 de maio de 2016

No mesmo lugar

M: Oi, Carlos, meu grande amigo! Tudo bem por aí? Faz tempo que não nos falamos.

C: Tudo certo, Marcela, como sempre. E por aí, como está a viagem?

M: Está boa. Após visitar França e Reino Unido, fiquei um bom tempo na Austrália. Agora, estou conhecendo as belezas da Nova Zelândia.

C: Fico feliz por ti, Marcela. Imagino que esteja aproveitando bastante e se realizando pessoalmente.

M: Não posso negar que está sendo uma bela experiência, mas ela me possibilitou também uma reflexão que me deixou aflita.

C: Mas que reflexão foi essa?

M: Que, por mais longe que eu tenha chegado, ainda não encontrei a minha paz. Conheci lugares fantásticos, pessoas fascinantes, mas não saciei a minha vontade pelo algo a mais, sabe?

C: Sei... sei.

M: Pensava que, ao desbravar territórios até então desconhecidos por mim, iria conhecer alguém que me fizesse ficar. 

C: Ah, é normal a situação.

M: Só isso, Carlos? Você não está nem um pouco sensibilizado com a minha eterna busca que não se concretiza?

C: Na verdade não, Marcela.

M: Por que essa frieza, de uma hora pra outra?

C: Porque eu sempre estive aqui e continuo no mesmo lugar.

Ela viajou o mundo todo e não encontrou o amor.

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