segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Poluição sonora

O funk bagaceiro, o sertanejo para a dor de corno e o pagode meia boca não são o que existe de pior musicalmente. Descobri isso recentemente. Quando os carros de som tomaram as ruas com músicas de campanha dos políticos, até senti falta dos refrões escrachados das músicas que bombam no Brasil e se tornaram parte da cultura local.

Foi um verdadeiro espetáculo circense: um candidato pedia o voto pelo "sim, sim, sim", enquanto que a oposição, em disparada, bradava com "não, não, não". Teve também quem parodiou Queen e até mesmo uma tal de Banda Vingadora. Um outro candidato, por sua vez, me fez perder a esperança de vez tocando a famosa música da Laura Pausini.

Menos mal que na minha cidade, a querida Bento Gonçalves, não tem segundo turno. Ufa, o show acabou! Que os habitantes de municípios com mais de 200 mil eleitores e cujo pleito ainda não foi decidido preparem os seus ouvidos para a descarga sonora que virá pela frente. Na dúvida, optem pelo candidato de música mais agradável, se é que tem.

Dá para entender o elevado número de abstenções.

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