segunda-feira, 17 de abril de 2017

Auge da irrelevância

Sou muito pouco, mas mais que nada
Um quilômetro da inacabável estrada
Um torneio somente do Grand Slam
Sou um ator, porém não possuo fã

Limitado, já tentei melhorar de fase
Chegar rapidamente na última base
Adivinhar ao menos quatro dezenas
Me regojizar com frivolidades terrenas

A gota que cai tem uma parte de mim
E tendo a começar pensando no fim
Pois a ansiedade sim é abundante
Ainda conservo algo de triunfante

O meu fio de cabelo foi recusado
Quando brinquei que era adotado
Ao me sentir só por não ter irmãos
Vendo que os de domingo são vãos

Estou no auge da minha irrelevância
E aparenta ser de miséria a ganância
Só que estou habilitado para respirar
Marchando altivo pro show continuar.


É preciso leveza para encarar a sua insignificância.

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