segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Maltratado com satisfação

Um estado psicológico peculiar me chamou a atenção assim que tive conhecimento dele: a síndrome de Estocolmo. É portador de tal síndrome quem, após estar exposto a um longo período de intimidação, passou a ter afeição pelo agressor. Vítimas de sequestro, escravos e pessoas submetidas à violência doméstica, por exemplo, podem desenvolvê-la.

São características marcantes desses casos a existência de uma relação envolvendo poder e coerção, bem como a ameaça de danos físicos ou morte. A vítima, com um extremo estresse físico e mental, começa evitando comportamentos que desagradem o seu algoz e termina interpretando os atos dele de não violência como indícios de suposta simpatia.

A síndrome é assim nomeada em referência a um assalto a banco que ocorreu em Estocolmo, capital da Suécia, em agosto de 1973. Na ocasião, quatro indivíduos feitos de reféns por dois assaltantes recusaram a ajuda da polícia e continuaram a defender os seus raptores mesmo quando libertos. O psiquiatra Nils Bejerot que cunhou o termo.

Ao contrário do que parece, a síndrome de Estocolmo não é tão rara. Um caso clássico diz respeito às mulheres que, mesmo sendo violentadas de diversas formas pelos seus parceiros, os protegem e até encontram justificativas para as agressões sofridas. Cada louco com a sua mania, haja vista que alguém sensato recusa quaisquer maus-tratos.

Talvez você conheça algum portador da síndrome de Estocolmo.

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