terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Profundamente comum

Levanto, porém não dormi
Meus pesadelos cochilam
Tomo um cafezinho preto
Imagens me sensibilizam

Ando só no ônibus lotado
Canto no silêncio tão alto
Inúmeras caras e roupas
À espera do próximo ato

Chego ao edifício, entro
Estou preso no elevador
Mais uma porta fechada
Ou a chance de ser ator

Cada um tem sua rotina
Ganhos, perdas normais
Seria o paraíso a Terra?
Céu eu creio que jamais

Ando, corro, paro e volto
Entretenimento vale tudo
Esqueço, então, de mim
Contemplando o absurdo

Até que ponto se é feliz?
Há quem vibre na sexta
Sorrio e choro neste dia
Sou homem, logo besta.

A maioria das pessoas leva uma vida deveras normal.

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