terça-feira, 26 de junho de 2018

Longe da multidão

Henry David Thoreau, autor norte-americano que viveu durante o século XIX, foi um dos pensadores mais importantes e revolucionários da sua época. Em 1845, então com 27 anos, decidiu abandonar a civilização e morar na floresta, construindo uma casinha às margens de um lago chamado Walden, na cidade de Concord, onde nasceu.

A experiência de mais de dois anos de Thoreau na mata gerou uma obra destacável: "Walden ou A Vida nos Bosques", publicada pela primeira vez em 1854. Além de relatar o seu cotidiano alternativo, o escritor promoveu a reflexão sobre o que é essencial na existência, num livro que é considerado um tratado sobre liberdade e simplicidade.

As críticas de Thoreau à sociedade industrial que tomava forma nos Estados Unidos servem incrivelmente bem para os tempos atuais. Em uma passagem da obra, o escritor mencionou: "Os homens se transformaram nos instrumentos de seus instrumentos". Estava com a razão, né? O maior medo dele era ter a própria vida desperdiçada.

De quanto realmente precisamos para que a nossa passagem seja abundante e, além disso, produtiva? Se, diferentemente de Thoreau, não consigamos nos desligar por completo da sociedade, que ao menos aprendamos com as sábias lições deixadas por ele. Um homem é rico na proporção daquilo que pode, voluntariamente, abrir mão.


Estátua de Thoreau em frente à réplica da sua cabana, em Concord.

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