segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A cada bomba que explode

Mais um ano está chegando ao fim e, sendo realista, percebi, neste, a violência aumentar em grande escala nas diversas proporções geográficas: municipal, regional, estadual, nacional e mundial. Não gostaria de demonstrar pessimismo, mas horríveis notícias sinalizam um próximo ano marcado por terror também e até mesmo uma Terceira Guerra Mundial tornou-se plausível.

A cada bomba que explode, no Oriente ou no Ocidente, na Síria ou na França, a minha esperança na humanidade se esvai. O quão humanos somos à medida que estamos separados por raças, culturas e religiões? Habitamos o mesmo planeta, mas a impressão que fica após um grande atentado é que a convivência pacífica por aqui se tornou inviável.

Se, por vezes, é tão complicado dividir o mesmo espaço com alguém parecido conosco, certamente fazê-lo com quem é bastante diferente exige um esforço redobrado, um exercício de tolerância. E é justamente a falta de tolerância que tem assombrado os nossos dias de glória, as nossas melhores almas e os pensamentos de luz, motivando os conflitos.

Ninguém é igual a ninguém, mas somos todos tripulantes de uma mesma nave, a Terra, sendo este um motivo mais do que suficiente para, no mínimo, não nos intrometermos na vida de quem não se parece conosco e não compartilha das mesmas opiniões. Quem faz o mal em nome de um ser superior, na realidade, evidencia a sua percepção anã do mundo.


Dizem que a paz acabou, mas ela sequer começou.

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