segunda-feira, 29 de maio de 2017

Ignorância assumida

O agnóstico, frequentemente confundido com o ateu, possui as suas particularidades e é orientado por uma interessante visão filosófica. Enquanto que os ateístas acreditam simplesmente que Deus não existe, os agnósticos observam que o ser humano não possui conhecimento suficiente para afirmar a existência ou não de divindades.  

O cientista inglês Thomas Huxley foi o responsável por criar o termo "agnóstico", usado pela primeira vez em 1869, em um encontro da Sociedade Metafísica. Ele buscava se diferenciar dos seus colegas cientistas e clérigos, que se baseavam na fé (ou na falta dela) para encontrar respostas a respeito de questões existenciais profundas.

Há diversas vertentes do agnosticismo. São essas duas as mais relevantes:

• Teísmo agnóstico: crê na existência de ao menos uma divindade, mas entende que não há razão suficiente para prová-la;
• Ateísmo agnóstico: supõe a inexistência de quaisquer divindades, porém admite a falta de conhecimento para comprovar isso.

Simpatizo com a humilde percepção agnóstica de que não dispomos de informações consideráveis para sustentar a crença ou a descrença em Deus. Não sou crente o bastante para afirmar que Ele existe, tampouco um cético assumido. Acredito somente, por ora, que o agnosticismo recrutaria muito mais membros se o mesmo fosse compreendido.

Eu não sei se Deus existe ou não. Você sabe?

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