segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Nome de batismo

Há duas semanas, publiquei neste blog uma lista de potenciais crimes futuros feita por João Pereira Coutinho. Entre eles, havia o de imposição de gênero: os pais não poderiam mais identificar o gênero dos filhos se baseando no sexo biológico deles. Distinções entre feminino e masculino seriam eliminadas na linguagem e no vestuário, por exemplo.

Eis que surge a notícia, num grande jornal brasileiro, de que um casal de empresários batizou o seu filho com um nome de uma letra só: B. Isso mesmo, a segunda letra do alfabeto! Segundo eles, o nome abreviado foi escolhido para que a criança tenha o mínimo de influência social possível, inclusive no que diz respeito ao gênero.

Nomear alguém significaria colocar uma intenção e eles não queriam que o filho seguisse um caminho predeterminado. O garoto (ou garota, ou o que quiser) é portanto um espaço em branco, podendo explorar a sua personalidade. Que importância tem, afinal, o sexo biológico? Quanto a mim, estou mais satisfeito que nunca com o nome que ganhei.

Sou da época em que "B" era só uma letra do alfabeto. Estou velho.

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