segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Renúncia à idolatria

"Crepúsculo dos Ídolos", obra gerada pelo célebre filósofo alemão Friedrich Nietzsche no longínquo ano de 1888, foi uma das leituras que enriqueceram o meu 2017. No livro, Nietzsche questiona as supostas conquistas da sociedade de sua época. Selecionei alguns trechos do "Crepúsculo", que abordam temas como política, moral, arte e beleza:

"Em todos os tempos os sábios fizeram o mesmo juízo da vida: ela não vale nada..."

"As razões pelas quais se chamou este mundo de um mundo de aparências provam, pelo contrário, sua realidade. Uma outra realidade é absolutamente indemonstrável."

"Cada partido compreende que interessa a sua própria conservação não permitir que se esgote o partido contrário; o mesmo ocorre com a alta política."

"Reduzir uma coisa desconhecida a outra conhecida alivia, tranquiliza e satisfaz o espírito, proporcionando, além disso, um sentimento de poder."

"O juízo moral tem em comum com o juízo religioso acreditar em realidades que não existem."

"Para que haja arte, para que haja uma ação ou uma contemplação estética qualquer, uma condição fisiológica preliminar é indispensável: a embriaguez."

"Só às almas mais espirituais, admitindo que sejam as mais corajosas, é dado viver as tragédias mais dolorosas: mas é por isso que estimam a vida, porque ela lhes opõe seu maior antagonismo."

"Em resumo, o homem se reflete nas coisas, tudo aquilo que espelha sua imagem lhe parece belo: o juízo 'belo' é sua vaidade da espécie..."

"O valor de uma coisa reside às vezes não no que se ganha ao obtê-la, mas no que se paga para adquiri-la — naquilo que custa."

"Primeiro princípio: é preciso ter necessidade de ser forte, caso contrário, nunca se chega a sê-lo."

Capa da edição publicada pela Escala.

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