quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O defeito em buscar a perfeição

A correria diária nos impõe, inconscientemente, que sejamos muito bons no que estamos destinados a fazer, embora qualquer ser humano tenha algum tipo de limitação. Devemos chegar sempre em ponto, tirar notas altas, ser exemplos de profissionais, manter uma imagem em evidência e assim sucessivamente.

Almejando o projeto de um ser perfeito, naturalmente o homem (e a mulher também) escorrega no meio do caminho, ora não atingindo o tão esperado primeiro lugar, ora arrumando uma discussão no ambiente de trabalho... e qual é o problema nisso? Aparentemente, não são situações dificílimas de se contornar. Não quando não se busca a perfeição.

Tirando o peso das costas e levando as próprias obrigações do dia a dia de uma forma mais leve, percebe-se o quão melhor é ser imperfeito e aceitar-se como tal. Errar é humano e assumir quando se erra é um dever dos dotados de grandes almas, que assumem a sua pequenez sendo eles formados por carne destinada à decomposição.

É, não deu...

Se as pessoas se dessem conta de que a sua própria existência não merece ser levada demasiadamente a sério, visto que a qualquer momento um imprevisto pode acontecer e levar daqui até mesmo famosos, como por exemplo o até então presidenciável Eduardo Campos, possivelmente destinariam mais energia a si mesmas e menos ao estresse diário.

Existe também a opção de buscar, a qualquer custo, ser o funcionário do ano, gabaritar todas as provas, comprar as últimas tendências de moda ou tecnologia e desembolsar um valor absurdo no processo, e ainda assim não chegar à perfeição. Por ora, prefiro tomar partido como um imperfeito resignado do que como um projeto de perfeito frustrado.

"Já perdemos muito tempo
Brincando de perfeição
Esquecemos o que somos:
Simples de coração."

(Engenheiros do Hawaii)

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