sábado, 6 de setembro de 2014

O poder de uma carta

Uma carta tem o poder de transformar, no mínimo, o dia de quem a recebe e também de quem redige-a. O escritor pode depositar no papel um sentimento que talvez esteja guardado dentro de si durante um longo e sofrido tempo, enquanto que o leitor naturalmente sente-se lisonjeado e único por ser lembrado através de uma demonstração tão singular como esta.

Não é necessário ser um expert na língua vigente para escrever uma boa carta, contanto que se coloque autenticidade nas palavras ali espalhadas. Nem mesmo o felizardo que a recebe tende a ser muito crítico com as questões ortográficas, visto que o simples fato de ler uma carta que foi escrita para si, nos dias de hoje, é mais relevante do que qualquer norma culta.

Algumas palavras são capazes de emocionar.

Com o passar do tempo, a carta foi substituída pelo e-mail, depois mensagens passaram a ser trocadas nos comunicadores instantâneos, surgiu o celular com o SMS e, mais recentemente, estamos na era dos smartphones. Uma grande evolução tecnológica, é inquestionável o fato. Só paira uma dúvida no ar: será que receber uma declaração inesperada através do bate-papo do badalado Facebook é tão emocionante como se a mesma fosse feita por meio da agora esquecida carta? Eu não acredito.

Ler o que outra pessoa escreveu, com sua letra, em determinada folha de papel, com uma cor de caneta que não podemos prever antes de abrir o envelope ou seja lá o que for... toda essa sensação é indescritível! Os saudosistas do Romantismo sabem bem que a rede social tem a sua devida importância, mas que na hora de mexer com os sentimentos de outrem por meio de palavras, a carta ainda dita a moda.

Que tal surpreender alguém até o final do ano?

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