segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Peixe fora d'água

Sai de casa e habita quaisquer ruas
De uma cidade que agora é violenta
Observa a juventude sem propósito
Pensa no que dizer, mas nem tenta

Há feridas que tornam-se tatuagens
E há marcas de batom em seu corpo
Contemplando informações inúteis
Faltando muito para chegar ao topo

Conhece a música, a arte e a poesia
Ouve falar de chatice, tédio e rotina
Sabiamente deixa o relógio trabalhar
Uma hora a conversa fiada termina

Só Deus sabe o que irá lhe encantar
Tem uma moreninha metropolitana
Seu futuro ainda não foi descoberto
Sendo as mãos lidas por uma cigana

Ainda persegue a rota de esperança
Alternativamente o moçoilo acredita
Entre inúmeros indivíduos descrentes
Se ele é peixe fora d'água, que resista.

Há feridas que tornam-se tatuagens
E há marcas de batom em seu corpo




2 comentários:

  1. Estive ausente daqui, mas espero não perder mais nada. Você continua inspirado, só que melhor ainda!

    Beijoo'o
    flores-na-cabeca.blogspot.com

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    1. Obrigado pela visita e pelo comentário, Simone! Inspiração que tenho percebido também nos teus textos repletos de romance.

      Boas escritas para nós. Beijo!

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