segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Querida madruga

A madrugada traz consigo o doce do pensamento leve, descompromissado e desacompanhado das tendências. Ajuda na descoberta do que somos realmente, quando os pensamentos são tão somente aquilo que são, sem interferências externas advindas de opiniões alheias.

Felizes os que se dão ao luxo de madrugar, mesmo que seja em um ocorrido ocasional do destino. Precisamos de momentos unicamente nossos, e vejo que este espaço especial do tic-tac costumeiro do relógio apresenta uma oportunidade e tanto para analisarmos bem tudo o que está acontecendo.

Os dias passam como sempre passaram. Quando tu percebes que, enquanto a maioria dorme, és um mero samaritano acordado, lhe consideras diferente. Ninguém lhe aponta dedos, tu mesmo notas que és um tanto atípico. Uma ovelha negra, talvez? Depende do modo de interpretação.

Essa tal madrugada é sempre bem-vinda para quebrar o ócio do andar preestabelecido. Abrevio-a e então tenho "madruga", logo lembro do célebre Seu Madruga. Grande recordação. Associemos a personagens uma existência que nada valeria se não fossem os encontros promovidos pelo acaso.

O acaso me encontrou perdido
Estendi-lhe o braço, fui embora
Então ele retornou e me achou
Cara, é só a madrugada lá fora!

Nenhum comentário:

Postar um comentário